É comum não observar a beleza de coisas que fazem parte do dia a dia, acontece por causa da rotina acelerada das pessoas. Você já percebeu o tom vermelho das suculentas maçãs nas barracas das feiras livres? Ou o verde escuro das belas verduras? Pois é, depois de ler essa matéria, seu olhar nunca mais será o mesmo! No centro da retina existem dois tipos de fotorreceptores – células que captam a luz que chega à retina, transmitindo para o cérebro um impulso nervoso, permitindo que este reconheça imagens – do tipo cone, que permitem a visão em cores; e o do tipo bastonete, que permite a visão em preto e branco.
Uma pessoa é considerada daltônica quando não tem cones suficientes, por isso, a mensagem relativa à cor não chega ao cérebro. Daltonismo é uma denominação comum para pessoas que têm alterações na visão das cores. Chamada pelos médicos de discromatopsia, o daltonismo é uma doença hereditária e genética ligada ao cromossomo X.
A mulher transmite, mas raramente tem o distúrbio. A percepção do daltônico é alterada principalmente na visão das cores verde, vermelho e azul, e das cores derivadas.
Em alguns casos, há lesões no aparelho visual e no sistema neurológico que podem causar alterações da visão cromática.
Quais são os tipos de daltonismo existentes e como são diagnosticados
É uma doença que não tem cura e nem tratamento. Também não tem nenhuma relação com outras doenças oftalmológicas, nem evolui. Na visão normal, os pigmentos verde, vermelho e azul são bem definidos. Cada tipo de daltonismo influencia em tons diferentes.
Tipo Protanopia
Diminuição ou ausência total do pigmento vermelho. Na visão do daltônico, o que ele enxerga são tons de marrom, verde ou cinza. Mas vai variar de acordo com a quantidade de pigmentos do objetivo focado. A tendência é que o verde pareça vermelho, tipo sépia.
Tipo Deuteranopia Esse não enxerga a cor verde. Os tons vistos são mais próximos do marrom. Quando o daltônico visualiza uma árvore, ele enxerga apenas uma cor, com pouca diferença de tons entre tronco e folhas.
Tipo Tritanopia Um tipo raro que interfere na visão das cores azul e amarelo. Não é o caso da perda da visão total do azul, mas na percepção das tonalidades, que são diferentes. O amarelo é enxergado como rosa claro, e o laranja desaparece. Alguns daltônicos apresentam o distúrbio em dois cones e distinguem apenas uma cor. O vermelho e o verde são as mais comuns. As deficiências congênitas protan e a deutan são as mais comuns em homens, chegando a atingir aproximadamente 8% da população masculina e 0,4% da feminina.
Teste Ishihara
Desenvolvido por um médico japonês, Shinobu Ishihara, o teste Ishihara é muito utilizado para diagnosticar a disfunção. O método é composto de 38 placas com pontos coloridos em intensidades diferentes e, no centro, é inserido um numeral com uma cor que o portador do distúrbio não pode identificar. As pessoas que se submetem ao teste e conseguem enxergar o número no centro não são daltônicas. Caso contrário é preciso procurar um oftalmologista. No teste, as cores são variadas com o objetivo de diagnosticar o grau de daltonismo do paciente.
Então, se você tem daltonismo, talvez não consiga identificar os números nas imagens.
Vamos ao teste de visão com algumas imagens?
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 4
As respostas para os números:
Figura 1: 7
Figura 2: 12
Figura 3: 2
Figura 4: 57
Consulte seu médico oftalmologista
Fonte: Conselho Brasileiro de Oftalmologia - CBO