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Como melhorar a aceitaçãodo tampão ocular durante a infância

Em alguns casos de estrabismo ou ambliopia, a criança precisa usar o tampão ocular.

O tratamento tem como objetivo obstruir a visão do olho saudável, forçando o olho afetado a enxergar corretamente. O apoio da família, amigos e professores é fundamental para a boa adesão dos pequenos.

O desenvolvimento da visão ocorre fora do útero. Portanto, ao longo da infância, o sistema visual de de- senvolve e se completa por volta dos 7 anos.


Quando o médico oftalmologista diagnostica o “olho preguiçoso”, o tratamento padrão é a oclusão ocular, com o uso do tampão no olho saudável, para que o olho afetado pelo problema possa ter a mesma chance de desenvolvimento. Ou seja, será estimulado pelo cérebro, fazendo com que a visão melhore e leve ao controle do problema.

A oclusão ocular deve ser feita o quanto antes, de preferência na chamada “janela de oportunidade”, que vai dos 2 aos 7 anos de idade. Quanto mais cedo for feita, melhor será o resultado. Algumas crianças têm a prescrição para usá-lo por 4h, 5h ou até 6h por dia.

O tempo total do tratamento é individual e vai depender de vários fatores, podendo durar meses ou semanas. O médico oftalmologista irá prescrever o tratamento mais adequado para cada caso.

O uso do tampão pode ser um desafio. Muitas crianças rejeitam o seu uso, seja pelo desconforto ou por se sentirem envergonhadas.


A criança precisará de ajuda e incentivo dos pais, uma vez que ela não está acostumada a lidar com a visão do olho afetado. Na medida em que a visão melhora, o adesivo torna-se menos incômodo. Portanto, superar a dificuldade inicial é fundamental para que o tratamento seja bem-sucedido.



1. Converse com a criança e explique que é muito importante usar o tam- pão e que vai ajudar no desenvolvi- mento da sua visão. Mesmo que ela ainda não entenda completamente, a conversa acalma e traz segurança. O uso do tampão não pode parecer uma punição.


2. Converse com os seus familiares e com os professores na escola. Todos devem estar cientes do problema e precisam ajudar e incentivar a criança.


3. Torne o tampão ocular um acessório na vida da criança. Existem muitos tampões com desenhos de heróis e princesas. Deixe que ela escolha os tampões dos personagens favoritos. Também existem diversos modelos coloridos, que podem até mesmo combinar com a cor da roupa.

4. É possível usar a criatividade e deixar que a criança desenhe com canetinha no próprio tampão ou cole adesivos, personalizando-os. Quanto mais divertido for, maior será a aceitação da criança.


5. Uma opção interessante é colocar um tampão no olho do brinquedo favori- to (bonecas, super-heróis, ursinhos de pelúcia etc.). Muitos pais e familiares adotam o uso do tampão no começo do tratamento de forma solidária, para dar o exemplo e incentivar.


6. A adesão ao tratamento deve ser re- compensada. A primeira recompensa, assim que tirar o tampão, é elogiar e reconhecer o esforço da criança. Ou- tra possibilidade, por exemplo, é que, a cada semana de uso correto do oclusor, a criança escolha um passeio ou coma a sua guloseima preferida. Mas, ao re- compensar, não exagere na dose.

7. Em bebês e crianças menores, é pos- sível colocar o oclusor enquanto a criança tira a soneca durante o dia, e começar a contar o tempo de uso a par-tir de quando ela acorda. Assim, pode ser evitado o momento “dramático” em que o tampão é colocado no olhinho. Em geral, os bebês nem percebem que estão usando o oclusor.


É fundamental que o tampão seja usado corretamente, pois a infância é o período crítico para o desenvolvi- mento da visão. A oclusão ocular é um tratamento que exige muita paciência por parte dos pais. Persista com amor e carinho. Caso haja dificuldades, busque orienta- ção com o médico oftalmologista. Ele poderá orientá-lo e ajudá-lo a encontrar uma solução para a melhor adap- tação da criança.

“A oclusão ocular é um tratamento que exige muita paciência por parte dos pais. Persista com amor e carinho. Caso haja dificuldades, busque orientação com o médico oftalmologista.”



*Conselho Brasileiro de Oftalmologia - Revista Veja Bem


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