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Má alimentação pode ser responsável por 18 milhões casos de DMRI nos EUA

Mais de 18 milhões de adultos com 40 anos ou mais nos Estados Unidos estão vivendo com degeneração macular relacionada à idade em estágio inicial - mais do que as estimativas anteriores, diz um novo estudo da Universidade de Chicago, nos EUA. Além disso, o estudo mostrou que outros 1,5 milhão de norte-americanos estão nos estágios finais da doença.


A degeneração macular é uma das principais causas de perda de visão e cegueira. Ela ocorre quando ocorre uma lesão progressiva na mácula, área central e vital da retina, resultando na perda gradual da visão central.


Os pesquisadores usaram várias fontes de dados, incluindo estudos de base populacional nacionalmente representativos e locais, bem como dados relevantes do Sistema de Vigilância da Visão e Saúde Ocular do U.S. Centers for Disease Control and Prevention.


Os resultados apontaram que 1,49 milhão de pessoas com 40 anos ou mais vivem com degeneração macular relacionada à idade em estágio avançado, enquanto 18,34 milhões na mesma faixa etária estavam nos estágios iniciais, uma prevalência de 11,64%. A taxa de prevalência foi mais alta entre homens do que mulheres, e variaram, também, conforme localidade.


De acordo com o U.S. Centers for Disease Control and Prevention, uma combinação de vitaminas C, E, betacaroteno, zinco e cobre, bem como o consumo de vegetais verdes e folhosos podem ajudar a reduzir o risco de degeneração macular relacionada à idade.



Conselho Brasileiro de Oftalmologia reforça a importância de uma alimentação balanceada:


Os pesquisadores estão trabalhando bastante no desenvolvimento de drogas e outras terapias para tratamento da DMRI, mas necessariamente não temos que esperar por esses produtos. Aqui estão alguns nutrientes encontrados nos alimentos do dia a dia que podem prevenir ou retardar a progressão da doença, segundo algumas pesquisas.



No caso da saúde ocular, alimentos ricos em vitaminas A, E e C são recomendados, pois são antioxidantes e auxiliam no combate a radicais livres e no retardamento do envelhecimento. Essas vitaminas são encontradas em alimentos nas cores roxa, vermelha e alaranjada, como a abóbora, a jabuticaba e o mamão.


Substâncias como luteína e zeaxantina, que também possuem poderosa função antioxidante, podem ser bastante positivas para a saúde ocular. Estão presentes nos vegetais amarelos, alaranjados, vermelhos e verdes, como milho, ervilha, rúcula, nectarina, laranja, mamão, pêssego, brócolis, couve-de-bruxelas, repolho, couve-flor etc...


Outro destaque é o ômega 3, presente principalmente nos peixes, mas também em alimentos como nozes, sementes de linhaça e de chia, entre outros.


Algumas pesquisas apontam que essa substância auxilia na lubrificação dos olhos e no combate à síndrome do olho seco, atuando na preservação do filme lacrimal (camada lacrimal muito fina que reveste a superfície ocular).


Assim, são muitos os que consideram que uma alimentação que combine essas substâncias é excelente na prevenção de doenças da retina e de inúmeros outros danos que podem ocorrer na visão, especialmente àqueles relacionados à idade.


Refeições bem coloridas com alimentos naturais podem contribuir para a manutenção da saúde ocular.


Alguns alimentos específicos:



Alho e cebola


O alho e a cebola são alimentos vasodilatadores, o que auxiliam na diminuição da pressão arterial, o que contribui para a manutenção da saúde de todo o corpo e, consequentemente, também para a saúde dos olhos.



Ovos


Uma pesquisa divulgada no The American Journal of Clinical Nutrition mostrou que o consumo de ovos pode reduzir o risco do surgimento da degeneração macular em idosos, já que esse alimento possui substâncias foto-oxidantes, como luteína e zeaxantina. Entretanto, antes de aumentar o consumo de ovos, é importante que o paciente verifique seus níveis de colesterol, entre outros.



Óleo de linhaça


O óleo de linhaça é fonte de vitamina E, dos ácidos graxos ômega 3, ômega 6 e ômega 9. Existem relatos de que pode contribuir para reduzir alguns incômodos oculares como sensação de ardência, coceira e sensibilidade à luz.



Azeite extravirgem


O azeite extravirgem é outro alimento rico em ômega 3. Estudo publicado recentemente na revista científica Archives of Ophtalmogy mostrou que a ingestão de 100 ml de azeite por semana pode reduzir ou, ao menos, estabilizar a evolução da degeneração macular.



Mirtilos, amoras e cerejas


As frutas roxas e vermelhas têm função antioxidante e combatem radicais livres. Elas são fontes de Vitamina C e flavonóides, que podem contribuir no controle da degeneração macular.



Alimentos que precisam ser evitados


Quando se fala em alimentação e saúde dos olhos, devemos considerar não só os alimentos que devem ser ingeridos, como também os que precisam ser evitados. Essa recomendação abrange, especialmente, pacientes que apresentam doenças sistêmicas que podem afetar a saúde dos olhos, como hipertensão e diabetes, que podem causar glaucoma secundário (conhecido como neovascular) e as retinopatias hipertensiva e diabética.


Pacientes nessas condições devem evitar alimentos que contenham corantes, conservantes, realçadores de sabor (glutamato monossódico) e àqueles que contêm gordura trans, pois são inflamatórios.


Porém, como também dizem as mães e avós, prudência e caldo de galinha não costumam fazer mal para ninguém.


O médico, mais especificamente, neste caso, o médico oftalmologista, é o profissional que melhor tem condições de sugerir mudanças alimentares que podem contribuir para sua saúde ocular. Na próxima consulta, converse com ele a respeito!







Fonte:


JAMA Ophthalmology. DOI: 10.1001/jamaophthalmol.2022.4401.

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Conselho Brasileiro de Oftalmologia

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