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Os impactos dos erros refrativos não corrigidos

Tomando por base o estudo da OMS sobre o percentual estimado de pessoas com deficiência visual por erros de refração não corrigidos para a sub-região América-B (que inclui Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Venezuela), na faixa etária de 05 a 15 anos (0,7 %), chega-se a uma estimativa de 23 milhões de crianças em idade escolar com problemas de refração que interferem em seu desempenho diário (problemas de aprendizado, autoestima e de inserção social).


A miopia vem crescendo muito entre as crianças devido ao uso excessivo de aparelhos eletrônicos (computador, celular, tablet, videogame). De acordo com o CBO, cerca de 20% das crianças em idade escolar apresentam algum problema de visão, sendo a miopia a campeã.


Enxergar bem é fundamental para a execução de quase todas as tarefas diárias


Além da falta de nitidez, os erros refrativos causam fadiga ocular, dor de cabeça, lacrimejamento, coceira e outros incômodos que comprometem a execução de tarefas diárias e a qualidade de vida como um todo.


As opções mais utilizadas para corrigir erros refrativos são óculos (o método mais simples, mais barato e mais amplamente utilizado), lentes de contato (que não são adequadas para todos os pacientes ou ambientes) e cirurgia refrativa (remodelação da córnea por laser).


Os principais impactos dos erros refrativos em crianças se referem à socialização, alfabetização inicial e desempenho escolar. Na fase escolar, enxergar mal pode fazer com que as crianças não consigam ver o que está escrito na lousa, tenham dificuldade para ler, confundam letras e números, percam o interesse pela escola e evitem brincar ou praticar esportes.


Na adolescência, se não forem tomados os devidos cuidados para corrigir os erros refrativos, os sintomas se intensificam e podem ser agravados com a exposição excessiva à luz ultravioleta e à longa permanência em frente a aparelhos eletrônicos, como computador, celular, tablet e videogame.


Na fase adulta, os erros refrativos podem interferir em diversas atividades do dia a dia, como a leitura, dirigir e até mesmo no desempenho no trabalho. A partir dos 40 anos, a presbiopia pode surgir, dificultando ainda mais as tarefas diárias. Além disso, quem chega à fase adulta com um erro refrativo não corrigido e agravado pode ter mais chances de desenvolver outras doenças oculares, como a catarata, glaucoma e Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI).


Em todas as fases da vida, da criança ao idoso, o recomendado é fazer um check-up com o médico oftalmologista, pelo menos, uma vez ao ano. Desta forma, além de poder identificar erros refrativos, será possível prevenir e diagnosticar precocemente doenças oculares graves, que terão tratamento bem-sucedido quanto mais cedo forem descobertas.


Conselho Brasileiro de Oftalmologia - CBO

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